terça-feira, 16 de abril de 2013

FOTOJORNALISMO LITERÁRIO



O texto aborda a imagem literária no Jornalismo. Uma categoria muito complexa e que possui suas particularidades. Tais imagens são capazes de proporcionar interatividade para a notícia fazendo com que o jornalismo impresso ganhe mais contemporaneidade.

Vão muito além do fator notícias rotineiras e fazem uma junção entre as categorias arcaicas: informação, opinião e interpretação, abordando uma maneira mais cênica e assim fazendo despertar o anseio por conteúdos mais complexos do jornalismo.

As imagens literárias aplicam códigos próprios em suas fotografias e não necessariamente se dirigem à mídia informativa. O seu prestígio deve-se ao fato de relacionarem as imagens com o mundo factual, mesmo que seja algo imaginário.

O jornal impresso é o meio de comunicação que mais se aproxima da verossimilhança, ele é o que podemos chamar de formador de opinião. Geralmente, algo que está publicado em uma mídia impressa pouco é questionado devido à confiança que ela transmite, até mesmo por uma questão social, já que isso é fruto de longas datas e é passado de geração para geração.

Este livro procura mostrar como a fotojornalismo poderá integrar-se ao cotidiano jornalístico de modo que seja notada a sua importância nas notícias.

No texto podemos notar também que segundo o autor, as imagens literárias podem produzir uma sedução visual em seu receptor, porém é impedido de expandir-se em sua dimensão simbólica. Geralmente ela presentifica em forma e intensidade imagética, ou seja, ela tem possui muita identificação com quem a fez.

Sabe-se também que de acordo com o texto, as imagens são consideradas simbólicas quando transparecem algo além do seu significado. Sendo assim, quando a mente consome uma determinada imagem, é conduzida automaticamente a idéias que não fazem parte da nossa razão. Assim chegamos à conclusão que não se pode dar significado a nenhuma imagem simbólica, pois cada pessoa terá uma interpretação diferente para ela.

A partir daí tomamos a concepção de que “a fotografia é uma ficção que contém a verdade”, como diz o fotógrafo americano Philip-Lorca diCorcia, autor de ensaios com mendigos de Los Angeles e com anônimos em Tóquio, Nova Iorque e Calcutá.

De acordo com as afirmações nas ‘Hipóteses de conhecimento’ do autor, posso compreender que não há imagem que não seja real, sendo assim, não podemos dizer que uma determinada imagem está fora da realidade. Isso fica claro no seguinte trecho: “A realidade passa a ser, portanto, aquilo que é dado pela possibilidade de nossa ação ou que é pressentido como estando em nossa potência realizar. Pensando dessa maneira, visto dessa maneira pelo olho humano e suas próteses visuais, o mundo das aparências, das utopias, das fantasias que se contrapõem ao real-dado é o próprio mundo real”.

Após lermos essa obra podemos resumi-la da seguinte forma: A imagem é aquilo que se vê e está aliada a realidade de cada pessoa que a consome.

Anderson Aré


Texto de Referência: Fotojornalismo Imagem Literária


FUTEBOL MANAGER – UMA ILUSÃO DA REALIDADE


Sabemos que o mundo virtual é uma paixão, não só nacional, e sim de âmbito mundial. Dentro deste contexto temos diversas redes sociais, como blogs, o site Facebook, entre outros.

Em se tratando de virtualidade é possível remeter a uma discussão que cresce notoriamente, pois com o apoio da tecnologia, aliada aos conhecimentos e estudos humanos, temos um campo que a cada dia que passa torna-se mais próximo da realidade. Estamos falando dos jogos esportivos virtuais, nos quais os seus praticantes sentem uma enorme sensação de verossimilhança, com dados e estatísticas a respeito dos profissionais e seus respectivos clubes e entidades.



O mais popular game entre os esportivos está o futebol e junto com sua predileção ele traz também diversas controvérsias no que se diz respeito aos dados constantes nos mesmos, como por exemplo, em um título japonês muito conhecido que é o Winning Eleven, mundialmente conhecido também como PES (Pro Evolution Soccer). Em sua versão do ano de 1998, este game traz consigo dados de jogadores fora da realidade, como no item velocidade, em que seu máximo se dava por speed 99 e possuia diversos jogadores com este atributo máximo. Entre eles os brasileiros Ronaldo Fenômeno e Roberto Carlos, além do inglês Michael Owen, o ucraniano Andriy Shevchenko e por aí vai. Mas por que tanta polêmica? Ora como é possível um atleta de futebol, mesmo que profissional, ter uma velocidade comparada a máxima? Ou seja, se tivéssemos o jamaicano Usain St. Leo Bolt, considerado por muitos o maior velocista de todos os tempos, participando do jogo como faríamos? Teríamos ele com o mesmo número que os demais citados neste quesito. Não que não devesse existir o total de 99 para a opção velocidade, entretanto, neste caso, nenhum jogador deveria atingir esta meta e aí poderíamos aproximar a virtualidade da realidade.

Além deste tema citado acima, dentre tantos que merecem destaque, temos uma querela ainda maior que esta. Ressaltemos agora a questão do Futebol Manager, mas o que seria isso? Nada mais é do que um game virtual, no qual é possível o praticante usufruir-se do papel de técnico de futebol, montando sua equipe com dados e estatísticas extraídos dos clubes e entidades existentes na “vida real”.

Tudo parece muito maravilhoso e rentável para os desenvolvedores dos jogos, até porque, qual é o amante do futebol que não tem um “Q” de técnico dentro de si? Todavia, nem tudo que está constando nos itens virtuais deve ser levado a sério.

Segundo uma pesquisa feita pelo Prof. Dr. Márcio de Oliveira Guerra, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora na Pós-Graduação e Graduação de Comunicação, houve um caso em que um profissional dos games de futebol manager, conhecido como “olheiro”, criou um jogador chamado Masal Bugduv. Este suposto atleta teria surgido em um desses jogos e com destaque de jogador revelação na Moldávia, nação próxima à Romênia.
Segue dados da futura promessa constantes no game: “16 anos de idade, estilo técnico e clássico dos bons meias do futebol moderno. Versátil, alta velocidade e bom passe com precisão de quem parece ter muito mais experiência do que sua idade”.

Diante destes atributos, três grandes clubes do “mundo da bola” se interessaram pelo atleta, como Chelsea, Liverpool e Arsenal, todos da Inglaterra, mas o primeiro a fazer uma proposta pelo atleta foi o Arsenal.

Como já era de suspeitar, Bugduv não existe e foi criado pelo “olheiro” apenas para ter uma noção de que até que ponto vai a credibilidade dos dados e estatísticas contidas no game.

Diante das assertivas, temos que dar uma maior ênfase a esta prática virtual e estudarmos cada vez mais suas informações, pois futebol é algo sério que movimenta milhões de quantias financeiras a nível mundial e não pode, em hipótese alguma passar por esse tipo de situação amadora e incerta.

Não cabe aqui julgar de quem seria a culpa por esses atos, mas cabe uma reflexão de quem participou desta “grande jogada” deste “olheiro” que provavelmente já vinha acompanhando há um bom tempo tamanhas falhas administrativas de dirigentes que ao invés de pesquisarem futuras contratações da maneira tradicional, preferem consultar um jogo virtual e tomar como verdade os itens constantes nos mesmos.

Além do mais, a credibilidade dos profissionais que atuam realmente no futebol acaba ficando em risco se tomarmos os games de futebol como base, tirando assim as próprias conclusões sobre eles.

Anderson Aré


sexta-feira, 12 de abril de 2013

ESPORTES RADICAIS E SUAS PECULIARIDADES


Sabemos que há, não só no Brasil como no mundo, muitos esportes radicais que são praticados de forma ilegal, no que se diz respeito à legislação que rege as praticas desportivas em todo o mundo.

Seria muito fácil apontar culpados e puni-los, porém não é bem assim que a banda toca, pois não são apenas os radicais que sofrem com isso, uma vez que é explícita a falta de apoio e regularização legal de muitos esportes, pois infelizmente quem manda no mundo capitalista é o dinheiro e, sendo assim, onde há retorno financeiro há patrocínio, legislação e tudo aquilo que faz bem ao bolso dos organizadores. Caso contrário, não há incentivo algum.

O que podemos perceber é que independente de todo este descaso, os praticantes dos esportes radicais não deixam de praticá-los, pois o fazem por amor e prazer à adrenalina e à satisfação da boa manobra realizada.

A CBER (Confederação Brasileira de Esportes Radicais) procura dar suporte a estas praticas desportivas apoiando-se na lei Federal nº 11.438 de Incentivo ao Esporte e Estadual 13.918 – Artigo 16 – Decreto 55636/10).

Muitos investidores se aproveitam dessas leis para usufruírem do desconto devido na hora de declararem suas rendas, uma vez que os mesmos têm por direito 4% de desconto no patrocínio cultural e 1% no Esporte, totalizando 5% de desconto no imposto devido.

A grande questão aqui é investigar a razão de tais esportes exigirem tanta dedicação física e mental de seus praticantes e mesmo assim serem taxados por muitos como esportes secundários, fazendo com que até mesmo as fiscalizações não deem muita importância para os mesmos, pois a própria mídia não divulga muito esse tipo de prática desportiva. Quando falamos em divulgação é inevitável não retornarmos ao início do texto, onde destacamos a questão capitalista. É óbvio que os veículos de comunicação não vão dar a mínima para esportes praticados de formas digamos até isoladas. Entretanto surge aí surge questão que transcende o esporte e passa a ser social. O capitalismo se interessa apenas pelo que é rentável e ignora tudo aquilo que não gera lucro. Não gera por questões sociais e não por falta de vontade desses atletas altamente preparados, que deveriam presenciar o mínimo de incentivo midiático e financeiro.



Tomemos como exemplo uma brincadeira feita por anos e anos. Quem nunca ouviu a seguinte pergunta: Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Sarcástico ou não, o mais importante é sabermos que o ovo vem da galinha, assim como a galinha vem do ovo. Ou seja, o patrocínio, o incentivo, a profissionalização, o reconhecimento da massa só vem quando há destaque nas mídias, assim como as mesmas só dão espaço para o que acham que estão em alta. Mas sabemos que se todo este contexto andasse de “mãos dadas” teríamos aí o casamento perfeito e os “filhos” desta união estável não só nasceriam cada vez mais e sim “brotariam” de uma forma inexplicável.

Tratamos a pouco da questão social e podemos sustentá-la quando falamos, por exemplo, do MMA. Este esporte que até pouco tempo atrás era taxado como violento passou a ser uma paixão não só nacional como também mundial. E por que tão repentinamente assim? Claro que não foi de repente. Tudo começou quando um atleta extremamente dedicado no que faz, chamado Anderson da Silva, um brasileiro nascido em São Paulo e que muito jovem mudou-se para Curitiba, passou a ganhar seguidamente suas lutas na categoria peso médio, sendo hoje o ainda atual campeão mundial. Obviamente os veículos de comunicação passaram a dar destaque para o mesmo e com isso o esporte expandiu-se de forma absurda, inclusive fazendo com que as mesmas pessoas que tinham tal atividade como violenta, passassem a admirar as Artes Marciais, inclusive matriculando seus filhos em academias para que eles pudessem, quem sabe um dia, chegar aonde “Spider” chegou (apelido carinhoso que recebeu ainda quando criança, em virtude de uma fantasia que ganhou do herói das histórias em quadrinhos Homem Aranha).

Podemos fazer diversas analogias com este caso, como por exemplo o lutador de boxe Popó, o piloto de Formula 1 Ayrton Senna, o tenista Guga, ou até mesmo na música com o fenômeno grupo Mamonas Assassinas, uma banda que surgiu com estilo próprio e mesmo assim manteve um grande destaque e fãs que os exaltam até hoje, mesmo depois de tantos anos da morte de seus integrantes.

Entendemos então que o brasileiro é carente de ídolos e sempre que surge alguém se destacando, independente de sua modalidade, sempre terá espaço no coração de todos nós.
Não é a toa que o Brasil é o país do futebol. Tudo tem sua lógica social para tal. Tanto que hoje em dia já não sentimos a mesma febre de torcedor que sentíamos antigamente, uma vez que a seleção brasileira de futebol vem caindo cada vez mais no que se diz respeito à hegemonia e absolutismo que sempre teve.

Se pedirmos para alguns torcedores escolherem entre assistir a uma partida de futebol de seu clube do coração ou da seleção brasileira, certamente teremos uma diferença esmagadora dos mesmos preferindo seus clubes.

Sabemos que a maioria dos vínculos empregatícios que os poucos profissionais destas atividades possuem são com empresários e patrocinadores particulares.

Diante das assertivas, chegamos à conclusão de que os esportes radicais poderiam ser destacados e legalizados em sua totalidade, pois o que não falta é atleta bem preparado para tal, esportistas de alto rendimento físico e habilidade suficiente para encher os olhos de qualquer espectador, desde que os mesmos tomem conhecimento dessas estrelas, todavia, enquanto houver “vistas grossas” para tais práticas desportivas haverá também a falta de apoio e também fiscalizações suficientes para que haja o mínimo de humanização e proteção aos verdadeiros artistas que praticam os esportes radicais ou esportes de aventura, os chamados “Adventure Sports”.

Anderson Aré

JUSTIÇA DESPORTIVA E JUSTIÇA COMUM



Sabemos que a Justiça Desportiva é fundamental para que haja o bom andamento dos esportes, quer seja o futebol, ou qualquer outro, no Brasil e no mundo.
O que seria dos profissionais esportistas e seus seguidores se não houvesse uma lei que regesse seus comportamentos fora do padrão legal? Ou até mesmo os torcedores, que muitas vezes cometem delitos e, segundo o regulamento, deveriam ser penalizados. Algumas vezes são, outras passam batido.



Falando em punição, não podemos deixar de ressaltar que em algumas ocasiões passamos a lidar com a Justiça Comum, tendo sustentação na Constituição Federal de 1988, que consta que nenhuma lesão ou ameaça a direito pode ser excluída da competência do Poder Judiciário (Artigo 5º, Inciso XXXV).

Porém, sabemos que se todas as lesões ou ameaças aos direitos forem levadas à Esfera Comum, haveria primeiramente um grande desprestígio à JD e também sobrecarregaria mais ainda a JC.

Partindo desse princípio, a Constituição Federal de 1988 estipulou que:

A)   O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após o esgotamento das instâncias da JD (art. 217, I, parágrafo 1º, da
Constituição Federal de 1988;

B)   A Justiça Desportiva terá o prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final. (art. 217, I, parágrafo 1º, da Constituição Federal de 1988.

Portanto, os processos elencados às ações de cunho disciplinar e competições esportivas somente serão levados à Justiça Comum, se houver anterior tipicidade constante no Artigo 217, Inciso I, Parágrafos 1º e 2º da CF/88.

Anderson Aré